SHABAT SHALOM


MUITOS SERÃO CHAMADOS, 
MAS POUCOS ESCOLHIDOS


Numa época em que milhões de almas dizem seguir a doutrina cristã, como se explica esta frase?



É bastante simples:





Muitos seguem um Cristo que não é O verdadeiro Filho de Deus. Seguem um cristianismo adulterado, não levando em conta os ensinamentos do Mestre, nem procurando entender que a raiz hebraica explica as coisas de uma forma muito diferente daquela que nos foi e ainda é anunciada pelo “cristianismo” dos dias de hoje…um cristianismo que nada tem a ver com O Messias Yeshua, hebreu da tribo de Judá.





A maioria dos que se dizem cristãos acabam por seguir uma doutrina muito ao jeito dos homens, não levando em conta os preceitos que Yeshua observou e pelos quais viveu, i.e. as instruções contidas na Lei/Torá que Seu Pai nos entregou através do Seu servo Moisés – a Sua vontade imutável. Acabaram por construir um “cristianismo” à sua medida, cheio de facilidades e eivado de erros doutrinais e de filosofias greco-romanas (a porta larga), esquecendo-se dos ensinamentos divinos, da instrução de Deus, a Sua Lei/Torá (a porta estreita).





A mesma Lei/Torá que Yeshua e os apóstolos cumpriram e acerca da qual o próprio Messias disse que nem um jota ou um til seria omitido da Lei/Torá sem que tudo seja cumprido.





Ora, como sabemos, nem tudo ainda foi cumprido pelo que a Sua instrução permanece válida para os homens de hoje. Quem disser o contrário é mentiroso e encaminha muitos para a perdição com os seus ensinamentos errados. Por isso mesmo, muitos serão chamados…mas poucos serão os escolhidos pelo Eterno




Amargo





·GÊNESIS  (cap. 27)·
34 Esaú, ao ouvir as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai!

·RUTE  (cap. 1)·
13 esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? deter-vos-íeis por eles, sem tomardes marido? Não, filhas minhas, porque mais amargo me é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do Senhor se descarregou contra mim.

·ESTER  (cap. 4)·
1 Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou as suas vestes, vestiu-se de saco e de cinza, e saiu pelo meio da cidade, clamando com grande e amargo clamor;

·PROVÉRBIOS  (cap. 27)·
7 O que está farto despreza o favo de mel; mas para o faminto todo amargo é doce.

·ISAÍAS  (cap. 5)·
20 Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo!

·JEREMIAS  (cap. 31)·
15 Assim diz o Senhor: Ouviu-se um clamor em Ramá, lamentação e choro amargo. Raquel chora a seus filhos, e não se deixa consolar a respeito deles, porque já não existem.



Seis homens ficaram presos numa caverna gelada por causa de uma avalanche de neve. O socorro só viria ao amanhecer.

Cada um deles trazia um pouco de lenha, mas, quando a equipe de resgate chegou a fogueira estava apagada e eles, mortos, congelados, cada qual abraçado ao seu feixe de lenha.
Os soldados não entenderam o que se passou naquela caverna, mas, se eles pudessem voltar no tempo e ler o pensamento daquelas pessoas, talvez ficassem mais uma vez surpresos com a raça humana:
O preconceituoso pensava: Jamais darei minha lenha para aquecer essa gente esquisita!
O rico avarento pensava: Vou ser o último a queimar minha lenha. Quem sabe, até posso vendê-la para esses otários. Vai valer uma boa grana. É a lei da oferta e procura.
O forte pensava: Não vou dar a minha lenha para aquecer esses fracotes. Eles que façam ginástica até o amanhecer, se quiserem se manter aquecidos.
O fraco pensava: É bem provável que eu precise desta lenha para me defender.
O sabe-tudo pensava: Esta nevasca vai durar vários dias. Vou guardar minha lenha por enquanto.
O alienado: … (não pensava nada, especificamente).
Por fim, um dos soldados desabafou: – Acho que não foi o frio de fora que os matou; acho que foi o frio de dentro. O frio do coração. O frio da alma.
“Não deixe que o frio deste mundo mate você. Abra o seu coração e seja o primeiro a ceder a seu feixe de lenha, para manter a fogueira acesa”.
"Isto é para pensarmos na nossa capacidade de nos conhecermos, e sermos diferente nas nossas atitudes"

Shabat shalom

Que este Sábado seja um sábado de Paz!!!

Feliz por cumprir a Lei: uma história real

Feliz por cumprir a Lei: uma história real

Este relato é um caso real, que recebi de uma lista que participo. Troquei os nomes dos personagens. É a história de uma diarista evangélica, que trabalha na casa de um judeu-messiânico.

"Era ocasião da Páscoa cristã, e os dois conversaram sobre ovos de Páscoa, e também sobre o Shabat.

E ela foi conversar com seus líderes. Vejam os diálogos que ela teve com eles. Por incrível que pareça, todos os diálogos abaixo são verídicos.

Sobre ovos de Páscoa
Mary: Pastora, a senhora sabia que os ovos de Páscoa vieram do culto a uma deusa babilônia?
Pastora: Sabia sim.
Mary: E por que a senhora nunca nos disse nada?
Pastora: Porque se o povo é ignorante, e faz de boa fé, não há pecado.
Mary: Eu concordo, mas se a pastora sabia, por que não avisar o povo?
Pastora: Porque se a gente ficar falando essas coisas, a igreja fica vazia.
(Algum estrangeiro, peregrinando entre vós,que quiser celebrar a pascoa ao Senhor, deverá celebra-la segundo o estatuto e o rito da pascoa. Apenas um estatuto haverá entre vós, tanto para o estrangeiro como para o natural da terra.) Números 9:14 

Sobre o Shabat (1)Mary: A gente acredita nos Dez mandamentos?
Professor da Escola Dominical: Sim, claro!
Mary: E por que a gente não segue o Shabat?
Prof...: Porque Jesus aboliu a lei.
Mary: Então eu posso roubar? Posso desonrar pai e mãe?
Prof..: Claro que não! É mandamento não fazer essas coisas
Mary: Mas o mesmo lugar que diz isso, diz pra cumprir o Shabat.
Prof..: (Irritado) Você está tendo aula com algum judeu? Olha, não acredite nos judeus. Eles não têm Jesus.
Mary: Eu conheço um que acredita.
Prof..: Olha, se a irmã quer guardar o Shabat, tudo bem. Mas não vai poder nem falar mal dos outros no Shabat, hein?
Mary: Mas falar mal dos outros em dia de semana pode?
Prof..: Não é isso. É que a gente adora o Senhor todos os dias.
Mary: Sim, mas a Bíblia manda guardar o Shabat independente do que a gente faz nos outros dias.
Prof..: Mas veja aqui: Jesus repreendeu os judeus porque falavam que ele curava no Shabat.
Mary: Mas a Bíblia não diz que não era permitido curar no Shabat.
Prof..: Olha, se você quer guardar o Shabat tudo bem, mas não traz mais esse assunto pra igreja, ok? Guarda para você.

Sobre o Shabat (2)Uma amiga se oferece para ligar para uma grande missionária para "tirar a dúvida sobre o Shabat".
Mary: A senhora acredita nos Dez mandamentos?
Missionária: Claro que sim!
Mary: Então a senhora guarda o Shabat?
Missionária: Não, eu não preciso fazer isso. Jesus aboliu a lei.
Mary: Então eu posso roubar? Posso matar?
Missionária: Olha, a Bíblia manda guardar um dia pro Senhor, e a gente faz isso já, no domingo.
Mary: Mas a Bíblia não fala do domingo, fala do Shabat. E mais: ninguém guarda o domingo, as pessoas só vão à igreja e pronto.
Missionária: Sim, eu sei que a Bíblia não fala. Quem criou o domingo foi o Império Romano.
Mary: O Império Romano?
Missionária: Sim, mas veja bem, o Senhor mandou a gente obedecer aos governos. E o Império Romano criou o domingo como dia de descanso. Mas no início, judeus e cristãos guardavam os dois dias. Só que aí o Império Romano decretou que só podia guardar o domingo, porque os judeus queriam vida fácil: queriam ficar com o Shabat e também não trabalhavam no domingo. E mais: os judeus só guardam o Antigo Testamento. Eles cumprem a lei à risca, mas não acreditam em Jesus.
Mary: Mas é errado cumprir o Antigo Testamento, por que se o Senhor não é homem para que se arrependa...?
Missionária: Imagina se um judeu tiver um negócio milionário para fechar no Shabat, ele não vai deixar de fazê-lo. Duvido!
Mary: Então se eu tiver que roubar muito dinheiro, eu posso?
Missionária: É diferente... roubar é pecado.
Mary: Ah tá...
Missionária: E então, tirou sua dúvida?
Mary: Tirei sim, muito obrigada.

A Mary tirou sua dúvida sim. Tirou sua dúvida de que o Shabat é mandamento, e está feliz por cumpri-lo."

IGREJA E/OU ISRAEL?

Livros têm sido escritos acerca deste tema. O que é a igreja? Quando surgiu? É eterna ou temporal? Todas estas questões e muitas mais têm sido abordadas por teólogos ao longo dos séculos de muitas e variadas formas. Uma das dificuldades em definir o que é a igreja surge, por exemplo, na seguinte expressão de Pedro:   Actos 3:24
E todos os profetas, desde Samuel e os que sucederam, quantos falaram, também
anunciaram estes dias.
De uma maneira geral sempre se considerou que a igreja teve o seu início no dia de Pentecostes descrito em Actos 2 com o derramamento do Espírito Santo. Ora é na sequência desse episódio que Pedro faz a afirmação acima e é precisamente isso que representa um problema para os teólogos cristãos. É que apesar do que Pedro diz, de que aqueles dias (os dias da suposta fundação da igreja) foram anunciados pelos
profetas, não é possível encontrar no chamado Antigo Testamento qualquer referência a uma outra entidade que não a nação de Israel.
Para dificultar ainda mais a tarefa aos teólogos, o chamado Novo Testamento, ao falar do conjunto de crentes que é a igreja, está repleto de referências às profecias antigas acerca de Israel.
Para tentar dar resposta a estas aparentes contradições, nascem do mundo cristão, dois novos sistemas teológicos: a Teologia do Pacto (também conhecida por Teologia da
Substituição) e o Dispensacionalismo. Algo que convém ter em mente ao analisar as
formas como os teólogos procuraram desde muito cedo reconciliar as Escrituras com a
igreja, é o crescente anti-semitismo que grassou no mundo cristão desde muito cedo.
Muitas das posições doutrinais assumidas pelo cristianismo dominante de então e
que ainda se repercutem nos nossos dias tinham como principal fundamento não a
fidelidade às Escrituras e consequentemente a Deus que as inspirou, mas uma total
separação dos judeus e das suas práticas.
Teologia do Pacto ou da Substituição
Este é o primeiro dos dois sistemas a ver a luz do dia. Nasce com Agostinho e segundo este, Israel deixa de existir como nação, sendo substituída por uma nova entidade – a igreja – ou uma Israel espiritual. Este sistema procura a tal reconciliação admitindo que Israel é eterna sim, mas composta inicialmente por um povo carnal, rebelde e desobediente, incapaz de preencher na plenitude os propósitos de Deus para o Seu povo
e que foi a dada altura substituído por um povo espiritual.
Segundo este sistema, a semente carnal de Abraão serve apenas como uma sombra do verdadeiro povo de Deus – a semente espiritual de Abraão que são os discípulos de
1 Adaptado do artigo “It is Often Said: The Church Replaced Israel” de Tim Hegg.
Yeshua. A partir do momento em que Yeshua cumpre a sua missão, morrendo na cruz, a razão de ser deste povo carnal deixa de existir. Doravante, para o plano de Deus apenas interessaria o “Israel espiritual” ou igreja.
Todas as profecias respeitantes à nação de Israel teriam de ser reinterpretadas de acordo com esta visão, ou seja, de acordo com a nova realidade da igreja como Israel espiritual.
A igreja substitui assim a nação de Israel, tornando-se a nova Israel espiritual.
A partir deste ponto de vista, as profecias afinal teriam muito a dizer a respeito da igreja.
Bastaria substituir “igreja” onde se lesse Israel. Para este sistema é essencial o abandono
do sentido literal de muitos textos e a adopção em seu lugar de um sentido alegórico. É claro que esta abordagem produz resultados incoerentes e não explica muita coisa. Como entender as profecias que falam de Israel como nação ou aquelas que se referem, por exemplo às nações gentias?
Para os defensores deste sistema, a Lei de Deus é apenas uma ferramenta arcaica, necessária para lidar com uma nação carnal e rebelde, mas que perde o seu sentido e validade no Novo Concerto com a igreja ou Israel espiritual.
Apesar da teologia de Agostinho se ter tornado a dominante até aos nossos dias, promovida que é pela Igreja Católica, ela é manifestamente insuficiente e inadequada no que toca à reconciliação entre a supostamente nova realidade que é a igreja e as profecias bíblicas que nos falam de uma única entidade – Israel.
Uma consequência natural desta doutrina é aquilo que se designa por amilenialismo ou negação do reino milenar do Cristo. Uma vez que, de acordo com este sistema, a igreja como Israel espiritual substitui o Israel físico, o reino do Cristo é já uma realidade nos nossos dias. Uma realidade espiritual, não física.
Dispensacionalismo
Da mesma forma que a necessidade de ver uma solução de continuidade para Israel nos textos do chamado Novo Testamento levou Agostinho a desenvolver a Teologia do Pacto ou da Substituição, é a necessidade imperiosa de explicar essa mesma continuidade, aliada às manifestas insuficiências desse sistema, que faz aparecer o Dispensacionalismo. As falências do sistema alegórico (ou espiritualizante) imposto pela
Teologia do Pacto ou da Substituição, levaram os teólogos dispensacionalistas a regressarem em parte a uma interpretação literal e histórica das Escrituras no que à nação de Israel diz respeito.
De acordo com este novo sistema, a nação de Israel não é substituída nem é abandonada. Ela persiste, de forma a cumprir as profecias bíblicas. Porém, se assim é, como explicar a nova realidade da igreja?
O Dispensaconalismo cria diferentes períodos, eras ou dispensações. De acordo com esta teologia, devido à sua desobediência, Deus suspende as profecias respeitantes a Israel como nação. Não abandona Israel nem a substitui por outra entidade, até porque não pode voltar atrás nas Suas promessas, mas coloca-a em suspensão. Durante esse novo período em que Israel é colocada em suspensão Deus vira as suas atenções para uma nova entidade – a igreja. A partir do momento em que o plano de Deus em relação à
Igreja esteja completo e ela subir ao encontro do Senhor nos ares2, Deus voltará novamente as Suas atenções para a nação de Israel e trabalhá-la-á durante o Seu reino milenar até a tornar obediente.
Curiosamente, aquilo que faz com que Israel seja colocada “na prateleira” durante a actual dispensação – a sua desobediência – é algo que não é imposto ao novo “corpo” que Deus supostamente trabalha presentemente – a Igreja. Uma das características das várias dispensações é que os requisitos de justiça e obediência que Deus tem para com o Seu povo, variam de época para época. Assim, enquanto que para a nação de Israel o padrão era a Torá de Deus, ou como é mais comummente conhecida, a Lei de Deus3,
para a Igreja, na actual dispensação essa Lei foi abolida. Esta é uma das bases deste novo sistema, daí a dispensação anterior ser conhecida como a Era da Lei e a actual ser a Era da Graça.
Consequentemente, Lei e Graça são apresentadas como coisas diametralmente opostas, algo que é completamente contrário ao que as Escrituras nos revelam pois não só a Lei é dada como estatuto perpétuo como a graça é omnipresente ao longo de todo chamado Antigo Testamento. O próprio Deus é-nos apresentado como alguém que muda de ideias.
Um Deus inconstante que aplica padrões diferentes de comportamento em função das épocas. Também isto entra em clara contradição com as Escrituras que nos revelam um Deus constante, que não muda.
Esta teologia vê o chamado Antigo Testamento como escritos que se aplicavam primariamente mas não exclusivamente à antiga nação de Israel. Isto leva a um autêntico trabalho de corte e costura para extrair dessas Escrituras as partes que se poderiam aplicar à igreja. Claro que isto é altamente subjectivo e sujeito a opiniões de homens. O chamado Novo Testamento, no entanto, é exclusivamente aplicável à igreja de acordo com este novo sistema.
Como já se tornou evidente esta filosofia está longe de resolver os problemas gerados pela anterior. Quando tenta tapar a cabeça, destapa os pés. É bem patente que ela própria está cheia de contradições que não cabem no âmbito deste artigo analisar em profundidade. Saliente-se ainda que a própria convicção de que os Escritos Apostólicos se aplicam exclusivamente à igreja redunda em conflitos de interpretação do próprio texto.
Que dizer, por exemplo, das inúmeras referências de Paulo à nação de Israel? Com base nesta breve descrição destes dois sistemas, podemos ver que enquanto a Teologia do Pacto ou da Substituição enfatiza a continuidade de Israel, sendo que a Israel física é substituída por uma Israel espiritual, o Dispensacionalismo coloca a ênfase na descontinuidade de Israel. Israel e a igreja seriam assim entidades distintas com
promessas e propósitos distintos. O resultado é que aderentes a uma ou a outra se vêm....
2 1Tessalonicensses 4:17
3 Isto é um erro uma vez que Lei não é uma tradução correcta da palavra Torá. Embora possa ser entendida nesse
sentido, a palavra Torá significa primariamente ensinamento ou instrução.
4 Malaquias 3:6; Hebreus 6:17
....como israelitas meramente espirituais ou como filhos de Deus completamente alheados
de Israel.
Os Escritos Hebraicos
Como já foi dito, desde o início que os eleitos de Deus são expressos num só povo, o povo de Israel. É bem patente nas Escrituras que esse povo é “construído” por Deus desde o seu início e desenvolvido e eleito com um propósito: ser um povo sacerdotal e uma luz para as nações5. Israel é chamada a “Sua herança”6.
Êxodo 19:5-6

5 Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então
sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda a
terra; 6 e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras
que falarás aos filhos de Israel.
O concerto estabelecido com Abraão é renovado com Isaac e Jacob e é com base nesse
concerto que Deus redime o seu povo do Egipto.
Êxodo 2:24
Então Deus, ouvindo-lhes os gemidos, lembrou-se do seu pacto com Abraão, com
Isaac e com Jacob
O concerto do Sinai é também ele celebrado com a nação de Israel como um todo e não
deixa de ser interessante que existe uma “grande mistura de gente” (não
descendentes de Abraão – Êx.12:38) que sai com eles do Egipto e que são descritos
daí para a frente como Israel e Casa de Jacob (Êx.19:3,8).
Da mesma forma, o Novo Concerto é descrito também como sendo celebrado com Israel:
Jeremias 31:31
Eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que farei um pacto novo com a casa de Israel e
com a casa de Judá.
Torna-se bem patente que os concertos que prometiam redenção são sempre, só e
apenas celebrados com uma única entidade: Israel! Amós é claro quando diz:
Amós 3:2
De todas as famílias da terra só a vós vos tenho conhecido…
“Conhecido” nesta passagem deve ser entendido no sentido de escolha ou eleição. A
linguagem é uma linguagem de casamento e “conhecer” pressupõe intimidade. Israel, é
portanto a eleita de Deus para ser a Sua noiva. A única com quem Ele mantém
intimidade.
5 Êxodo 19.5-6
6 Isaías 19:25; Joel 3:2
Apesar de tudo isto, as Escrituras são desde o início bem claras que as portas de Israel estão abertas a todo e qualquer indivíduo das nações (não israelita, portanto) que se queira unir a Israel e usufruir das promessas do Concerto. Essas promessas não são acessíveis fora do povo a quem foram dadas, ou seja, fora de Israel. Se um não israelita pretende também usufruir dessas promessas ele tem de se juntar a Israel, tem de
passar a fazer parte do povo eleito. É o que vemos suceder com a “grande mistura de gente” (Êx.12:38) que sai do Egipto com os descendentes de Abraão. As seguintes passagens expressam isso mesmo:
Êxodo 12:49
Haverá uma mesma lei para o natural e para o estrangeiro que peregrinar entre vós.
Levítico 19:34
Como um natural entre vós será o estrangeiro que peregrinar convosco; amá-lo-eis
como a vós mesmos; pois estrangeiros fostes na terra do Egipto. Eu sou YHWH
vosso Deus.
Números 15:16
Uma mesma lei e uma mesma ordenança haverá para vós e para o estrangeiro que peregrinar convosco.
Números 15:29
Haverá uma mesma lei para aquele que pecar sem querer, tanto para o natural entre os filhos de Israel, como para o estrangeiro que peregrinar entre eles.
Isaías 56:3-8
E não fale o estrangeiro, que se houver unido a YHWH, dizendo: Certamente YHWH me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. 4 Pois assim diz YHWH a respeito dos eunucos que guardam os meus sábados, e escolhem as coisas que me agradam, e abraçam o meu pacto: 5 Darlhes- ei na minha casa e dentro dos meus muros um memorial e um nome melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. 6 E aos estrangeiros, que se unirem a YHWH, para o servirem, e para amarem o nome de YHWH, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu pacto, 7 sim, a esses os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos. 8 Assim diz o Senhor YHWH, que ajunta os dispersos de Israel: Ainda outros ajuntarei a ele, além dos que já se lhe ajuntaram.
Zacarias 8:23
Assim diz YHWH dos exércitos: Naquele dia sucederá que dez homens, de nações de todas as línguas, pegarão na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.
Torna-se bem patente por estas e muitas mais passagens que as bênçãos do Concerto estão acessíveis aos estrangeiros mas só na medida em que estes sejam enxertados na boa oliveira que é Israel. Não há qualquer indício em todas as Escrituras Hebraicas de que as bênçãos de Deus possam fluir para outra qualquer nação ou grupo alheio a Israel.
Não é aparente qualquer referência a uma era da graça ou da igreja em que as promessas a Israel seriam suspensas e em que Deus só lidaria com os gentios – Dispensacionalismo – da mesma forma que não é aparente qualquer indicação de que a nação de Israel era apenas uma sombra de um grupo futuro mais excelente e meramente espiritual – Teologia do Pacto ou da Substituição. Pelo contrário, a mesma nação rebelde que foi castigada com o exílio é a mesma nação que um dia regressará7 à terra da
promessa.
Jeremias 23:5-8
Eis que vêm dias, diz YHWH, em que levantarei a David um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e procederá sabiamente, executando o juízo e a justiça na terra. 6 Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este é o nome de que será chamado: YHWH JUSTIÇA NOSSA. 7 Portanto, eis que vêm dias, diz YHWH, em que nunca mais dirão: Vive YHWH, que tirou os filhos de Israel da terra do Egipto;
8 mas: Vive YHWH, que tirou e que trouxe a linhagem da casa de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e eles habitarão na sua terra.
Mais, é esta mesma Israel composta por descendentes de Abraão e por todos os demais que embora não sendo dessa descendência a ela se juntem, que é abençoada com um Novo Concerto e perdoada dos seus pecados pela graça de Deus.
Isaías 44:2-5
Assim diz YHWH que te criou e te formou desde o ventre, e que te ajudará: Não temas, ó Jacob, servo meu, e tu, Jesurum8, a quem escolhi. 3 Porque derramarei água sobre o sedento, e correntes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre a tua descendência; 4 e brotarão
como a erva, como salgueiros junto às correntes de águas. 5 Este dirá: Eu sou de YHWH; e aquele se chamará do nome de Jacob; e aquele outro escreverá na própria mão: Eu sou de YHWH; e por sobrenome tomará o nome de Israel.
Zacarias 12:10
Mas sobre a casa de David, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; e olharão para aquele a quem trespassaram, e o prantearão como quem pranteia por seu filho único; e chorarão amargamente por ele, como se chora pelo primogénito.
Jeremias 31:31-34
Eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que farei um pacto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá, 32 não conforme o pacto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egipto, esse meu pacto que eles invalidaram, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. 33 Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei.....
7 “Regressará” porque embora já tenhamos visto um cumprimento parcial dessa profecia em Maio de 1948 com a fundação do estado de Israel, a sua plenitude está ainda longe de se cumprir.
8 Termo afectuoso para o povo de Israel.
......no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o
meu povo. 34 E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu
irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor
deles até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniquidade, e não me
lembrarei mais dos seus pecados.
Os Escritos Apostólicos
A mensagem do Cristo é completamente coerente e consistente com tudo o que temos
estado a ver até agora. Muito embora ele exerça o seu ministério exclusivamente entre os
judeus, ele diz que é enviado “apenas às ovelhas perdidas da Casa de Israel” (Mateus
15:24). Isto pressupõe uma missão dirigida ao povo do Concerto embora não apenas à
nação de Judá. Séculos antes o reino do norte (Efraim), composto por 10 das 12 tribos de
Israel, havia sido disperso entre as nações, tendo perdido a sua identidade entre os
gentios. Apesar disto e sem entrar em grandes pormenores quanto a este tema, os
profetas são bem claros quando afirmam que o reino seria restituído a Israel e que Israel
(Efraim) seria novamente unificado com Judá9. O próprio Yeshua refere isto quando diz:
João 10:16
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; a essas também me importa
conduzir, e elas ouvirão a minha voz; e haverá um rebanho e um pastor.
Que a sua missão primária seria para com o povo eleito – Israel (Judá e Efraim) – não
restam dúvidas, mas que apesar disso muitos outros viriam que, não sendo descendentes
de Abraão, desejariam, de coração, ser enxertados no povo de Israel, também é claro não
apenas pelas palavras do próprio Cristo mas também pelas dos Profetas. Naquilo que é
claramente uma profecia messiânica, o profeta Isaías diz:
Isaías 49:6
…Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacob, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te porei para luz das nações [ou “dos Gentios”], para seres a minha salvação até a extremidade da terra.
Ao ser confrontado com a fé do centurião Cornélio, Yeshua comenta:
Mateus 8:11
Também vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e reclinar-se-ão à mesa
de Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos céus; Yeshua está claramente a referenciar as profecias de restauração do reino unificado de Israel pois tanto Israel (Reino do Norte ou Efraim) como Judá foram dispersos pelos quatro cantos da terra10. Porém, estes israelitas, principalmente os da casa de Efraim, virão como gentios, sem saberem quem são, e muitos que com eles virão não serão
mesmo descendentes de Abraão. Ao dizer estas palavras Yeshua não antevê que estes
gentios se reclinarão a uma mesa separada da mesa de Abraão, Isaac e Jacob. Ele não....
9 Ezequiel 37:12-28; Óseas 1 e 2; Amós 9:11-12
10 Génesis 28:14; Jeremias 6:11-16; Zacarias 8:7-8
......antevê que eles formem um segundo grupo com uma identidade distinta, mas sim que se
juntarão a Israel, à mesma mesa dos patriarcas, pois todos eles são herdeiros conforme a
promessa dada a Abraão11.
Paulo diz-nos o mesmo. Com a sua célebre imagem da enxertia na oliveira que é Israel
(Romanos 11) ele mostra-nos o seu entendimento acerca do destino dos gentios. O seu
destino, através do sacrifício de Yeshua – a raiz – é serem enxertados em Israel,
passarem a fazer parte da mesma árvore. Esta árvore representa nada mais nada
menos que o povo do Concerto, Israel. Não se trata de uma Israel espiritual mas dos
próprios descendentes de Abraão com quem o Concerto foi celebrado. Isto não significa
porém que o simples facto de se ser um descendente físico de Abraão (algo que ninguém
pode afiançar ser) seja garantia de permanecer no Concerto. O Concerto é, de facto,
celebrado com os descendentes de Abraão mas apenas a aceitação de Yeshua como
Messias Salvador garante a nossa permanência nesse Concerto. De outro modo, mesmo
os ramos naturais são cortados e Paulo é bem claro quanto a isso12.
Apesar de tudo isto haverá quem diga que o termo “igreja” não surge no chamado Antigo
Testamento, mas esta é uma ideia que tem a sua origem no facto de lermos traduções
bíblicas nas nossas próprias línguas. O termo “Igreja” deriva da palavra grega “ekklesia”,
a qual é uma tradução do termo hebraico “qahal”. Ao longo das Escrituras Hebraicas
encontramos a palavra “qahal” repetidas vezes aplicada à congregação de Israel. Quando
as Escrituras Hebraicas são traduzidas para grego naquela que ficou conhecida como a
Septuaginta, o termo “qahal” é traduzido por “ekklesia”, o termo grego que significa
“igreja” em português e de onde deriva a palavra. A partir desse momento, na
Septuaginta, a “congregação de Israel” passa a ser a “ekklesia de Israel”. Todos estes
termos têm um mesmo significado, uma assembleia ou congregação de pessoas, neste
caso, os que seguem a Deus (Igreja de Deus ou “Qahal HaElohim”/ “Qahal YHWH”, no
hebraico, ou “ekklesia” no grego).
Quando falamos da expressão, “Igreja de Deus”, ela tem o mesmo significado da
congregação do povo de Deus ao longo dos séculos, ou seja o Israel de Deus – o Seu
povo eleito.
Lucas refere-se ao antigo Israel como “a ekklesia que esteve no deserto” .
Actos 7:38
“Este é o que esteve entre a congregação [ekklesia] no deserto”.
Durante o tempo de Yeshua e dos apóstolos ninguém pensaria em “ekklesia” como uma
realidade distinta de Israel. “Ekklesia” ou “qahal” não representariam um conceito novo
para ninguém desse tempo. Até mesmo os romanos, ao considerarem os crentes em
Yeshua como uma seita do judaísmo, estão a considerá-los como parte da congregação
de Israel ou “ekklesia” de Israel. A eventual divisão que viria a acontecer nos séculos II e
III da nossa era, entre os crentes em Yeshua e os demais judaísmos daquele tempo, não......( )
11 Romanos 8:16-17; Gálatas 3:29; Hebreus 6:17
12 Isto não significa que mesmo os descendentes de Abraão que não aceitem Yeshua como Messias não usufruam das promessas temporais do Concerto.


.......( )é minimamente visível nos Escritos Apostólicos, uma vez que nessa altura ainda estava
longe de acontecer.
No entanto, é precisamente esta divisão mais tardia que vem forjar um novo significado para a palavra “ekklesia” ou “igreja. Esse novo significado perdura até aos nossos dias.
Presentemente a palavra “igreja” denota uma religião completamente diferente e separada dos vários judaísmos. Não deixa de ser curioso, por exemplo, como muitos tradutores bíblicos ao encontrarem a palavra “sinagoga” em Tiago 2:2 a traduzem por algum outro termo, como acontece na João Ferreira de Almeida onde essa palavra é traduzida por “reunião”13.
Tiago 2:2
Porque, se entrar na vossa reunião [Sinagoga] algum homem com anel de ouro no dedo e com traje esplêndido, e entrar também algum pobre com traje sórdido.
Como esta passagem está claramente a falar da comunidade de crentes, o raciocínio entre os tradutores é mais ou menos este: “Deus nos livre que os cristãos se reunissem em sinagogas”. Mas era verdade e inicialmente até nas mesmas sinagogas que os demais judeus que não aceitavam Yeshua como Messias.
Porém, para os apóstolos, o termo “qahal”, “ekklesia” ou “igreja”, estava longe de significar uma entidade distinta de Israel. Para eles este termo apontava para o remanescente salvo de Israel, o remanescente que em todas as gerações permanece fiel ao Deus de Abraão, Isaac e Jacob. Os apóstolos entendiam o crescente número de gentios que estavam a aceitar Yeshua como seu Messias e a adoptar a Torá de YHWH
como seu padrão de vida, como o cumprimento das múltiplas promessas de Deus a Israel. Esses gentios estavam a vir para dentro de Israel, não a formar uma entidade separada.
Este é o ponto de vista que as Escrituras nos transmitem e é bem diferente daquele que nos é apresentado quer pela Teologia do Pacto ou da Substituição, quer pelo Dispensacionalismo. As Escrituras não nos dizem que Israel foi abandonada a favor de um Israel espiritual como também não dizem que foi posta na prateleira enquanto Deus se “entretém” com esta nova entidade que formou – a Igreja. O que as Escrituras nos
mostram, pelo contrário, é que ao invés de Israel ser abandonada ou suspensa, foi ampliada com a incorporação de todos os convertidos a Yeshua. Os gentios que estão a vir a Yeshua são nada mais nada menos que os israelitas que foram dispersos pelas nações e perderam a sua identidade. Mesmo os que venham e não tenham qualquer afinidade com Abraão – e Deus fez as coisas de maneira a que
ninguém se possa gloriar na carne pois ninguém sabe se é ou não descendência de Abraão – estão a ser enxertados em Israel. Israel está a ser reconstituída, reconstruída e expandida. Não foi de forma alguma esquecida nem posta de parte por uns tempos. A Israel de Deus é, na verdade, um remanescente fiel, um subconjunto do Israel original,13 É verdade que “Sinagoga” em grego significa reunião ou assembleia, mas num 
sentido religioso assume o sentido do local da reunião. Em todas as demais ocorrências desta palavra ela não aparece traduzida mas sim transposta para o texto como “Sinagoga”. Porque não então neste caso? Simplesmente porque esta passagem falava de crentes e era inconcebível para os tradutores que estes se reunissem em sinagogas.
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que é constituído quer pelos ramos que permaneceram na oliveira quer pelos que foram
enxertados nela14.
Porque conheciam as Escrituras era esta a esperança dos discípulos e de todo o povo de Israel ao tempo de Yeshua. Eles bem sabiam qual a missão do Messias. Essa missão está bem expressa, por exemplo na passagem de Isaías 49:6 que vimos acima: restaurar as tribos de Jacob e tornar a trazer os preservados de Israel – o remanescente salvo e disperso pelos quatro cantos da terra. É com base neste conhecimento das Escrituras e nesta esperança que eles perguntam a Yeshua:
Actos 1:6
Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntavam-lhe, dizendo: Senhor, é nesse
tempo que restauras o reino a Israel?
Esta mesma esperança está bem expressa na descrição da Nova Jerusalém que nos é dada em Apocalipse. No final do Reino Milenar do Cristo, a Palavra diz-nos que a Nova Jerusalém descerá dos céus15. Não há cristão algum que não sonhe um dia entrar nessa grandiosa cidade e para sempre gozar da presença eterna do seu Deus. Porém a entrada
nessa cidade reveste-se de um pormenor particular. Ao descrever a cidade, João diz-nos:
Apocalipse 21:12
e tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.
As portas não identificam as denominações cristãs a que muitos se agarram como garante de salvação. Não há uma porta para os Metodistas, outra para os Batistas, Adventistas, Católicos, Pentecostais ou quaisquer outras divisões criadas pelos homens e que flagrantemente tendem a deixar Israel de fora. A entrada nesta cidade faz-se por portas que identificam cada uma das tribos de Israel. Isto é perfeitamente consistente com tudo o que vimos até agora. É perfeitamente consistente com o facto de Israel estar a ser ampliada com todos aqueles que se unem ao Deus de Abraão, Isaac e Jacob através de Yeshua. Ou, para usar outra imagem, com todos aqueles que são enxertados na Oliveira
de Israel.
Voltemos à imagem da Oliveira conforme descrita por Paulo, para ilustrar estes dois sistemas. A Teologia do Pacto ou da Substituição cortaria a oliveira (o Israel físico) e plantaria outra nova ao lado (um Israel espiritual). O Dispensacionalismo não cortaria a oliveira mas plantaria uma pereira, por exemplo, ao lado. Paulo não diz nada disto. O que ele claramente nos mostra na sua metáfora da oliveira, é que a oliveira permanece de pé e muito embora muitos dos ramos possam ter sido cortados por não aceitarem Yeshua, não só a árvore não morreu como muitos outros novos ramos foram enxertados no seu lugar, ramos esses que podem a qualquer altura também ser cortados como os primeiros se não permanecerem fiéis até ao fim, i.e. até à segunda vinda do Rei.
Deus não tem dois povos. Tem um único – Israel. É através desse povo que o Concerto das promessas e da redenção através de Yeshua é feito e proporcionado a toda a.....
14 Esdras 9:13-15; Isaías 10:22; Sofonias 3:13; Romanos 9:27; 11:5; Apocalipse 12:17
15 Apocalipse 2:12
.....humanidade que a Ele se converta. Isto tem fortes implicações na nossa identidade. A partir do momento em que aceitamos Yeshua somos enxertados na oliveira e passamos, como diz também Paulo, a fazer parte da comunidade de Israel.
Efésios 2:12-1316
12 estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.
13 Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
Compreender esta identidade que assumimos quando aceitamos Yeshua como nosso Salvador e Redentor implica aceitar também os ensinamentos e instruções – Torá – que Deus deu ao Seu povo com o propósito que ele fosse uma luz para as demais nações.
Não que essa Torá seja um meio para atingir a salvação (porque não é nem nunca foi esse o seu propósito) mas sim como o padrão de vida do remanescente salvo do Israel de Deus. Essa mesma Torá é a nossa “ketubá” (contracto de casamento) com Deus. O casamento em questão é o nosso com O Deus Todo-Poderoso. Nós somos a noiva, não um qualquer convidado. Este casamento faz de nós família de Deus e o
contracto de casamento estipula as normas de conduta para quem faz parte dessa família eterna.
Essa identidade abre-nos as portas às promessas de Deus para com o Seu povo e mostra-nos o caminho para essa nova Jerusalém, onde, qual noiva com o seu noivo, gozaremos de perpétua intimidade com o Deus de Abraão, Isaac e Jacob.


A NOIVA AUTÊNTICA DE YESHUA

Escrito por Marcelo M. Guimarães   



 Jesus, cujo verdadeiro nome em sua língua materna é Yeshua[1]Ben Yosef, ou seja, O Deus-que-salva Filho de José, quando desta terra partiu há quase dois mil anos, deixou aqui sua noiva[2], a Igreja, dizendo que voltaria em breve para arrebatá-la[3] e celebrar com ela a Boda do Cordeiro[4]. Tão logo Yeshua se case, Ele voltará à terra em gloria já desposado com a Sua Esposa, a Igreja, para implantar de vez o Seu Reino milenar[5]. Quando Yeshua partiu após sua primeira vinda, se despediu dela, pedindo crescimento[6] e multiplicação em todas as nações. Para a nação de Israel Ele disse que voltaria quando esses dissessem: “Baruch Habá b´Shem Adonai”[7] (Bendito Aquele que vem em nome de Adonai!). O Espírito Santo tem nos mostrado que este dia se aproxima. Somente o Pai sabe esta data[8] e percebemos que Ele tem certa pressa na preparação e embelezamento dessa noiva para o Seu único Filho. Esta união dará fim a esta era quando a morte será vencida. Glória e galardão para aqueles que forem aprovados[9]neste noivado com Yeshua e juízo e condenação eterna[10] para os que não aceitaram o convite para as Bodas.
Mas será que esta noiva está realmente preparada para esse grande encontro? Como gostaria Yeshua que Sua noiva estivesse? Imaginei Yeshua comentando o seguinte com o Espírito Santo:
  1. Minha noiva precisa me ver como um judeu. Nasci em Belém[11], me criei em Nazaré[12], ensinei nas melhores sinagogas[13] de meu país. Sou um judeu, educado nos princípios da Torá, livro escrito por meu Pai por meio de Moisés. Fui circuncidado no 8º dia[14] e me orgulho do meu povo, pois, vim primeiramente[15] para anunciar a eles as Boas Novas. Com este povo meu Pai tem uma aliança celebrada no Sinai[16] e um chamado irrevogável[17]. Eles crerão em mim[18] e farão parte da minha Igreja. Portanto, voltem suas orações para eles e os ajudem para que me dêem as boas-vindas, dizendo o que Eu quero ouvir de todo judeu: Baruch habá b´Shem Adonai[19];
  2.  Minha noiva deve gostar e conhecer as minhas festas[20]. Vejo-a celebrando  muitas festas do mundo, mas eu quero celebrar as festas dadas por meu Pai. Lembre a ela que à véspera de uma dessas festas, a de Tabernáculos, Eu a tomarei para celebrar nossas bodas de casamento. Durante os sete dias dessa festa estaremos em núpcias, expressando mutuamente nosso grande amor, traçando nossos planos para o Reino milenar[21], pois reinarei com ela, agora esposa e rainha;
  3. Minha querida noiva não deve se preocupar muito com o que levar, pois, primeiro, não tenho carro, casa ou tão pouco uma rica conta bancária. Tenho somente um cavalo branco[22]que será usado somente no dia que eu tomar posse do meu reino aqui na terra.   A casa em que vamos morar será a do meu Pai. Ela é muito bonita e até lá, tudo estará arranjado em perfeita ordem.  Na verdade, trata-se do antigo Templo construído por um ancestral de minha tribo, o Rei Salomão. Seus palácios estarão todos reconstruídos e esplendidamente restaurados.  Quanto ao meu salário, diga a ela para não se preocupar também, uma vez que o Sogro é riquíssimo, dono absoluto de todo ouro[23] e de toda a prata do mundo. Portanto, diga a ela que não se preocupe tanto assim com a prosperidade deste mundo, a qual passará. Além do mais, estou grandemente entristecido com o comércio e abuso que tem sido feito em meu nome e com a minha santa palavra;
  4. Minha noiva deve se acostumar com a cidade de Jerusalém. Ela terá que se mudar para lá. Ela é a minha cidade, a qual meu Pai escolheu para eu morar com a minha esposa e de lá reinar sobre as nações. De lá sairá a lei e a Palavra[24] de Jerusalém!
  5. Minha noiva precisa ainda entender as minhas funções ministeriais. Primeiro, sou Rei[25], descendente do rei David[26], da tribo de Judá[27] e preciso de uma rainha. Precisa falar com minha noiva o que é ser e viver como rainha, já que ela desempenhará um importante papel no reino. Segundo, sou sacerdote da suprema ordem de Melquisedeque[28] e ela também terá um sacerdócio santo. Tenho meus ofícios[29] de adoração ao meu Pai seguindo o costume e a tradição judaica. É bom minha noiva ir se acostumando com isto, pois ensinarei a ela adorar ao meu Pai em Espírito[30] e em verdade. Terceiro, sou umprofeta[31] do Altíssimo, assim, minha noiva precisará conhecer bem tudo aquilo que se cumprirá no milênio até que haja novos céus e desça a deslumbrante e eterna Jerusalém de ouro[32];
  6. Lembre à minha noiva que falo todas as línguas dos homens, mas se ela estudar minha língua, o hebraico[33], ela entenderá melhor as Sagradas Escrituras no contexto original, conhecendo a filosofia da Torá e dos Profetas. Hoje eu sinto uma dificuldade enorme em me fazer entender, à medida que minha noiva, embora bela, está muito limitada e acostumada aos conceitos gregos, romanos, alemães, americanos e outros que descontextualizaram um tanto a minha Palavra. Além do mais, ela nunca substituiu o meu povo que o Pai nunca rejeitou[34] e com ele tem um chamado irrevogável. Eu nunca revoguei a Lei[35], quando lhe dei a Graça, morrendo naquela cruz. Por que ela não tem estudado a minha Torá[36]? Por que chamam minha Torá de “velho” testamento, quando tudo o que foi escrito por Pai não envelhece, pois Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre e não muda[37]?
  7. Recorde também a minha noiva, que não sou político e que meu sistema de governo é bem diferente do adotado na terra, onde há muita corrupção, mentira e injustiça. Peço a ela para não se envolver muito com esse sistema político, pois se contaminará com ele. Afinal, meu reino não é deste mundo[38] atual. Tenho algo muito melhor. Peço a minha noiva para aprender um pouquinho sobre a teocracia. Vamos precisar desse conceito quando ela estiver reinando comigo;
  8. Minha noiva sabe que não sou rico e nem médico, mas adoro viver e cuidar dos pobres e enfermos. Gosto de libertar os cativos e oprimidos. Minha noiva precisa urgentemente aprender a gostar e a cuidar dos pobres[39], eles são muitos e estão necessitados. Também peça a ela para não desperdiçar tempo com o reino das trevas e seus anjos caídos, pois há dois terços de anjos celestiais à disposição para servir a minha noiva. Resistam[40] a eles e dê testemunho de mim, isto sempre lhe dará a vitória;
  9. Minha noiva precisa corrigir uma má interpretação que fazem da minha pessoa, pois me elegeram o maior empresário de todos os tempos, o maior psiquiatra, o maior terapeuta, o maior gestor de negócios, o maior show-man, o maior guru, etc. Na verdade, nunca fui nada disso, apenas fui um humilde servo de meu Pai a serviço do povo e de Seu Reino. Apenas ensinei os princípios da Torá, vivendo em total santidade e submissão ao meu Pai, fazendo tudo o que me chegava às mãos com muito amor, força e poder. Por que minha noiva, a Igreja, se divide tanto criando tantas denominações quando Eu não criei nenhuma? Por que competem tanto entre si? Por que são tão intolerantes uns para com os outros? Se todos crêem em Mim e são meus seguidores, por que não aprendem ter unidade nas diversidades de interpretações de minha Palavra? Onde está o Amor? Onde está o fruto[41] do Espírito? Meu reino[42] é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Meu Pai é amor[43] e eu vim Dele, tenho a natureza Dele. Também sou amor e minha noiva precisa ser a personificação deste amor;
  10. Minha noiva deve se lembrar quando lhe ensinei a orar dizendo: “...venha a nós o Reino do meu Pai[44]”. Por que esta ânsia em ir para o Céu, quando o Reino do Céu é que virá à terra? O que for ligado aqui na terra será ligado também lá no Céu[45]. Viva e implante, portanto, o meu Reino na terra. Eu já lhe dei poder e autoridade para isto. Mude o mundo! Sou o mesmo ontem, hoje e o serei sempre[46];
  11. Diga à minha noiva que ela precisa ser santa, pura, nova, sem defeito e sem nenhuma mácula,[47] como Eu sou. Busco uma noiva sem ruga, pois Eu a quero nova, mesmo que ela já tenha alcançado a idade de quase dois mil anos. O Espírito Santo já está realizando uma “cirurgia plástica” e a fará nova e pura como eu a deixei. Portanto, não resista à obra do Espírito de Adonai. Não rejeite Seu tratamento. Alimente-se da dieta que lhe deixei, isto pode ajudá-la. Não posso me colocar em jugo[48] desigual com minha noiva. Eu não me adaptarei a ela, ela é quem deve se adaptar a mim. Eu sou a videira[49], ela os ramos. Sou judeu e continuo judeu. Lembre a ela que a família de meu Pai é constituída por dois povos, o judeu e o gentio, ambos distintos, porém um só corpo em Mim.  Cada um deve preservar sua identidade. O que é judeu não se torna gentio, e o que é gentio não se torna judeu. Cada um deve viver o seu chamado e cumprir o seu propósito, embora a “Oliveira”[50]seja uma só. Nela está re-enxertado[51] o judeu, ramo natural, e nela também está enxertado[52] o gentio, ambos que são crentes[53] em mim;
  12. Diga à minha noiva que eu e meu Pai ainda trabalhamos[54] muito, sem cessar, e que continuamos a descansar aos sábados, no Shabat[55]. Este dia foi criado para isto e mais do que isto, ele é um sinal da minha aliança com o povo de Israel, que não foi rejeitado e nem substituído por ninguém. Pelo enxerto, a noiva gentia também tem direito a essa grande bênção. Não quero uma religião do sábado, eu quero é que entendam a revelação do sábado. Ambos os crentes, judeu e gentio entrarão no descanso shabático[56] quando chegar o milênio e juntos reinaremos. O Shabat é o meu dia e eu sou Senhor dele[57]. Ele nos lembra disso tudo, a criação, o homem redimido e o reino vindouro, do qual não se pode esquecer; O Shabat conecta o “alef” e o “tav”[58], o início e o fim, o pecado e redenção final, o Tikun Olam;
  13. Diga à minha noiva: - tenha bom ânimo[59], seja forte e corajosa! Eu venci o mundo[60] e ela vencerá também. Meu Pai já declarou e autorizou esta grande vitória. Cumpra tudo o que foi escrito pelos meus santos, meu Pai acaba de autorizar que Seu Espírito Santo faça esta proeza: - restaurar por completo minha noiva, mas nos moldes de como a deixei lá no primeiro século. Que ela aceite com humildade e receba com carinho o tempo da restauração de todas as coisas[61], antes que chegue o nosso grande dia, o Acharit haAmim[62]!
Espero vê-la, então, nova e muito bonita. Até o dia em que irei pessoalmente buscá-la. Diga a ela que fique preparada, depois que eu arrebatá-la[63], nos casaremos[64] em seguida.  Os preparativos para a grande festa[65] já estão quase prontos. Depois do casamento voltaremos em glória[66] e poder, todo olho verá[67], todo joelho[68] se dobrará no grande Dia do Senhor. Diga a ela que se cuide bem e continue fiel e submissa, debaixo das minhas bênçãos e das do meu querido Pai que está no controle[69] de tudo.
“E o Espírito e a Noiva dizem: vem. E quem ouve, diga: vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida... Aquele que testifica estas coisas diz: certamente venho em breve. Amém; vem, Senhor Yeshua. Que a Graça do Senhor Yeshua seja com todos!”[70]
*) Rabino messiânico Marcelo Miranda Guimarães, ordenado pelo Netivyah de Jerusalém-Israel. Fundador do Ministério Ensinando de Sião e da Congregação Judaico-Messiânica Har Tzion em Belo Horizonte. Viste nossos sites:www.ensinandodesiao.org.br- www.cates.com.br – www.anussim.org.brwww.engenhariaespiritual.com – www.tvsiao.com , no ar 24 horas.

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