SERÁ QUE VOCÊ ENTENDE O JUÍZO ?

Quero compartilhar com você o que a Palavra de Deus fala sobre o julgar. Não me refiro aqui ao juízo final, mas ao juízo que fazemos uns dos outros. Neste estudo, vamos considerar - particularmente - aquele juízo que nos faz julgar os outros, atraindo sobre nós mesmos o juízo da Justiça de Deus.

Vivemos em dias em que vêm a público pecados escondidos de muitas das pessoas que estão ativas na Obra de Deus. Em conseqüência disso a confiança do rebanho de Deus sofre e fica fraca, pois todos descobrem com muita tristeza que às vezes grandes homens de Deus não praticam o que pregam.

Quando acontecem coisas desta natureza, a capacidade que o povo de Deus tem para ouvir a voz do seu Senhor se enfraquece e, conseqüentemente, o crente tem muita dificuldade em discernir as coisas espirituais.

Nessas circunstâncias, como é possível acreditar em outros líderes da igreja, e em outros homens de Deus que realmente têm uma mensagem? Como saber a diferença entre eles e distinguir aquele que está vivendo de acordo com a Palavra de Deus daquele que só fala, e não vive segundo o Espírito?

Quando qualquer pessoa, membro da Família de Deus, fica desanimada e deixa de seguir o Senhor de perto, torna-se muito difícil alcança-la e reanimá-la no sentido de andar firme no caminho do Senhor. Ela passa a pensar que todo pregador é enganador ou, pelo menos, hipócrita.

Quando consideramos a queda de tantos homens de grande reputação na Igreja (no Corpo de Cristo), é difícil não pensar “em quantos outros ainda há que também vivem desregradamente assim!” Comecemos, pois, a buscar a Deus para entendermos melhor qual a condição de ‘decadência espiritual’ que traz o juízo de Deus sobre nossa própria cabeça.

Antes de mais nada, devo dizer-lhe, porém, que não há pessoa que não erre. Todos nós falhamos. Nunca encontrei uma pessoa que não revelasse, mais cedo ou mais tarde, alguma falha.

O problema que vamos considerar aqui, porém, é qual o momento em que você e eu entramos numa condição em que são de tamanha gravidade as nossas falhas que elas dão ao diabo os meios para nos atacar!

Como Povo de Deus, nós temos a tendência de olhar para aqueles que caem em tentação e clamar de viva voz: “HIPÓCRITA!”
Mas será que realmente todos se enquadram nessa triste condição de hipocrisia e merecem ser “rejeitados”? Ou será o caso de, como diz a Palavra de Deus: “Irmão surpreendido em alguma falta” (Gálatas 6:1) ?

A primeira coisa que necessitamos fazer para responder a essa pergunta é definirmos a diferença entre pessoa “hipócrita” e “irmão surpreendido em alguma falta.” E, claro, é a Palavra de Deus que nos mostra a diferença entre um e outro.
Em Mateus 7:1-6, lemos:
“Não julgueis para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes,
sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.
Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que
está no teu próprio?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então verá claramente para tirar o
argueiro do olho de teu irmão.
Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para
que não as pisem com os pés, e voltando-se, vos dilacerem.”

Você e eu sabemos que Deus usa homens e mulheres com falhas. Graças a Deus que é assim, pois se Ele fosse procurar alguém que não tivesse alguma, Ele não poderia usar ninguém. E sabemos, por experiência própria, que Deus tolera muita coisa no homem, desde a preguiça até a imoralidade, e mesmo assim o usa.

Mas o que precisamos descobrir é se - seja qual for a gravidade da falha ou do pecado aos nossos olhos - há alguma coisa que faz com que, em determinado momento, façamos algo que traz sobre nós o juízo da Justiça de Deus.
Antes de mais nada, porém, preciso ajudá-lo a entender o juízo, mostrando-lhe que, mesmo que a pessoa tenha muitas falhas, não são essas falhas que dão ao diabo o direito de julgar a vida ou a situação dessa pessoa.

Só abrimos uma porta em nossas vidas que permite ao diabo nos julgar quando assumimos a condição de HIPÓCRITAS, quando violamos certas leis (ou princípios) espirituais. Podemos violar esses princípios da vida espiritual de várias maneiras, e são essas maneiras que nos interessam aqui.

Por exemplo, quando alguém se entrega a coisas tais como mentiras, enganos, furtos e roubos, conversas exageradas, imoralidade... e imediatamente julga outra pessoa por FALHA IGUAL - ao invés de ajudá-la a vencer para que seja restaurada - então essa pessoa se torna hipócrita e fica sujeita ao julgamento.

Quando julgamos a outro, apontando o dedo para ele por uma coisa que nós mesmos praticamos, caímos na hipocrisia, e trazemos sobre nós o juízo de Deus.

É muito triste (e tolo) julgar e condenar outra pessoa pelas coisas que você mesmo pratica. Deus fará tudo para que a pessoa vença suas falhas, mas quando qualquer um de nós assume a posição de juiz, condenando outro por falhas iguais as nossas próprias, exaltamo-nos a uma posição em Deus de que na realidade não desfrutamos. E proceder assim permite que o diabo destrua a base de nossa exaltação própria, e a falha que condenamos na vida do irmão fica também exposta em nossa vida.

É justamente por isso que lemos no versículo três de Mateus, capítulo seis:

“Porque vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?”

O que Jesus nos diz nesse versículo é: como você tem coragem de assumir a posição de uma espécie de juiz espiritual, condenando seu irmão, sem considerar todas as suas próprias falhas? Você não vê que está em seu próprio olho?

No versículo cinco de Mateus, capítulo seis, Jesus chama a essa pessoa de hipócrita:

“Hipócrita, tira PRIMEIRO a trave de teu olho e então verás claramente para tirar o
argueiro do olho de teu irmão.”

Agora, certamente, você já entende que hipócrita não é simplesmente alguém que encobre suas próprias falhas e pecados, parecendo ser algo que realmente não é. Não, isso não é pessoa hipócrita. Hipócrita é a pessoa que JULGA OUTRA PESSOA enquanto pratica, ela mesma, COISAS IGUAIS.

É possível que alguém esteja encobrindo determinadas coisas na vida e esteja clamando a Deus por força para vencê-las. Essa pessoa teme que, caso suas falhas e pecados fiquem expostos, os recém-nascidos na igreja, e mesmo o mundo fiquem escandalizados e, possivelmente, prejudicados para sempre. Uma pessoa nesta condição não é hipócrita e, sim, “um surpreendido em alguma falta, QUE PRECISA SER CORRIGIDO” (Gálatas 6:1).

Precisamos entender que o hipócrita não encobre suas falhas e pecados porque deseja parecer algo que na realidade não é, mas também, ao julgar a vida dos outros, procura exaltar-se a uma posição em Deus que é inteiramente falsa.

É precisamente essa posição falsa de santidade que dá ao diabo acesso à vida do hipócrita. Por isso Jesus nos deu os versículos cinco e seis de Mateus sete. Veja como eles apresentam um só pensamento:
“Hipócrita, tira PRIMEIRO a trave do teu olho e então verás claramente para tirar o
argueiro do olho do teu irmão.
Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante aos porcos as vossas pérolas, para
que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.”

Essas “coisas santas” que se lançam aos cães, bem como essas “pérolas”que se dão aos porcos são as verdades que o hipócrita está violando quando ele JULGA SEU IRMÃO enquanto ele mesmo pratica as mesmas falhas e pecados.

Por exemplo: suponhamos que um irmão seja mentiroso e enganador... mas ele mantém essas coisas sob censura própria, pois odeia dentro de si mesmo as coisas que pratica, e busca em Deus a força para vencê-las e deixá-las; então Deus o ajuda de toda maneira. Ele se enquadra na definição: “irmão surpreendido em alguma falta.”

Porém no momento em que esse irmão JULGAR seu irmão em Cristo por esses mesmos pecados que ele próprio pratica, ele se exalta sobre o seu irmão e viola a verdade de Deus, a qual recomenda: “Não darás falso testemunho.” É essa verdade que ele, por seu ato de injustiça e hipocrisia, lança aos cães e aos porcos.

No Reino do Espírito, é justamente isso que dá ao diabo a condição de nos “dilacerar” ou, podemos dizer, de nos atacar e derrubar, pois no versículo dois (Mateus 7), Jesus nos diz: “com o critério com que julgardes, SEREIS JULGADOS.” A verdade espiritual que o hipócrita violou - ao julgar o outro - dá ao diabo o poder e a condição de derrubar também a ele.

Assim, devemos observar que a primeira coisa que o diabo faz quando alguém lança aos porcos as pérolas da verdade é repisar a verdade violada. Em seguida, o diabo toma a verdade (e, conseqüentemente, o poder que aquela verdade contém) e a usa contra aquela pessoa, trazendo contra ela uma sentença de hipocrisia.

Em última análise, o que o diabo tenta fazer ao trazer juízo sobre alguém não é simplesmente destruir a pessoa, mas também colocar em descrédito a Palavra de Deus e
anulá-la como pura Verdade. O diabo toma aquela santa verdade que foi “dada (entregue) aos cães” e a repisa, usando a vida do hipócrita para ridicularizar a Palavra de Deus e destruir qualquer confiança ou respeito que o mundo possa ter para com essa santa Palavra.

Como exemplo, vamos observar o que se deu na vida de um certo evangelista internacional cujo pecado de lascívia (descontrole de desejo sexual) foi publicamente exposto. Porém, preste bem atenção a um detalhe, antes que consideremos o caso desse irmão: quero agradecer a Deus por sua restauração no ministério da Palavra de Deus.

Evidentemente esse evangelista carregava o problema já por algum tempo. Podemos ter a plena certeza também de que ele odiava e desprezava a si mesmo muito mais do que nós, por ter permitido que isso se apegasse a sua carne.

O referido evangelista passou de “irmão surpreendido em alguma falta” (Gálatas 6:1) a pessoa atacada por Satanás e por ele julgada no momento em que se elevou a uma posição duvidosa de espiritualidade, atacando o argueiro no olho do seu irmão (do programa PTL). E ainda mais, enquanto deixava de olhar a trave em seu próprio olho, ele mesmo agravou a situação atacando outro grupo de irmãos, e estabelecendo relação entre suas acusações e o livro: “A Sedução do Cristianismo.”

Desse modo, quando começou a “dilacerar”(destruir) tal irmão, o diabo tomou o precioso Evangelho que o evangelista pregara e O repisou, apresentando a hipocrisia do referido irmão como “prova” de que a Palavra de Deus não tem valor algum, pois tudo é mentira e engano.

Porém, Louvado seja Deus por Sua infinita graça!

Deixe-me mostrar-lhe como é poderosa a Graça de Deus. Mesmo que chegue a haver milhares de pessoas no inferno por causa da queda, perante o mundo inteiro, do ministério desse irmão; mesmo que houvesse muitos pecadores que olhavam o ministério desse irmão e pensavam que talvez houvesse um Deus, talvez houvesse esperança e a possibilidade de se livrar do pecado, e depois vieram a descobrir que o próprio pregador era vítima das mesmas coisas, do mesmo pecado que condenava; mesmo assim, quando esse irmão entrar no Céu, nenhuma dessas coisas será lançada contra ele. Por quê?

Porque o sangue de Jesus Cristo, nosso grande Mediador, é eficaz e bastante para TODOS.

Aqui temos então a maravilhosa Graça de Deus, conforme 1 João 1:9:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça.”

Observe que a Palavra diz: “DE TODA INJUSTIÇA.” Se não fosse completo assim, seria impossível sermos purificados, pois “purificar” não quer dizer apenas “ficar livre do pecado”, mas também “livrar-se de todas as conseqüências daquele pecado”. “Purificar” quer dizer voltar novamente àquela condição de que se desfrutava ANTES de ser acometido por aquele pecado.

Entenda, meu irmão, minha irmã, seria absolutamente impossível desfrutarmos da condição de “purificados de toda injustiça” se Deus ainda mantivesse qualquer coisa contra nós por causa do pecado.

Dou graças a Deus continuamente por um Evangelho perfeito e infalível!

Há, porém, um problema nesse sentido, que confunde muitas pessoas: ...os homens que pregam o Evangelho são criaturas humanas, imperfeitas e falíveis. Mas Jesus recebe em Seu Reino todos os que vêm a Ele, e esse reino de Deus é o lugar onde você e eu podemos resolver nossos problemas JUNTO A JESUS.
Tiago 5:19,20:

“Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da Verdade, e alguém o converter, sabei que
aquele que converte o pecador de seu caminho errado salvará da morte a alma dele,
e cobrirá multidão de pecado.”

LEMBRE-SE APENAS QUE não são as suas imperfeições ou falhas que proporcionam a Satanás a oportunidade de destruí-lo. O que dá ao diabo a chance de atacá-lo e des-
truí-lo é o fato de você julgar e condenar um irmão por uma coisa que você mesmo faz.

Esta hipocrisia, que aponta para as falhas do nosso irmão enquanto nós somos culpados das mesmas falhas, é que abre a porta para que o diabo nos “dilacere” (destrua), julgando-nos com todo o rigor e ódio de que ele é capaz.
Em tudo isso, descobri uma lei espiritual muito importante: quando alguém descobre que outro se acha apanhado e envolvido no mesmo problema que ele, ao invés de julgá-lo, deve orar por ele. Dessa maneira, ao invés de proporcionar ao diabo ocasião para atacar a julgar esse irmão, você estará abrindo uma porta ao PODER DE DEUS para a libertação dele.

É por isso que lemos em Mateus 7:12;
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles;
porque esta é a lei e os profetas.”

A Palavra de Deus nos ensina que quando tratamos com os outros exatamente como queremos que eles nos tratem - mesmo que nem sempre recebamos dos outros tratamento recíproco, igual, - Deus tratará conosco “como nós desejamos ser tratados pelos outros.”
Para entender isso um pouco melhor, leia Mateus 18:21-35.

Lembre-se de que DEUS SEMPRE NOS PERDOARÁ AS NOSSAS FALHAS E DIRIGIRÁ O SEU PODER PARA NOSSAS VIDAS, PARA NOS AJUDAR A VENCER. Assim, cabe a nós andar em amor para que o nosso irmão, perdoando-lhe as suas falhas, e orando sempre por ele a fim de que ele possa VENCER suas fraquezas.

Observemos a exortação de Tiago 5:16:

“... orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do
Justo.”

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