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The same day I saw my first horror camp, I visited every nook and cranny. I felt it my duty to be in a position from then on to testify about these things in case there ever grew up at home the belief or assumption that the stories of Nazi brutality were just propaganda."
General Dwight D. Eisenhower


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 Prisioneiros libertados do campo de concentração de Auschwitz (Liberation Chronicle, 1945).







No dia 27 de Janeiro de 2005 comemorou-se os 60 anos da libertação do Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau. Nesse dia, em 1945, soldados do 60o Exército do Primeiro Front Ucraniano, comandados pelo Marechal Ivan Koniev, chegaram a Oświęcim (nome germanizado para Auschwitz), Polônia, e após perda de 230 soldados liberaram a cidade e os arredores, onde ficavam os campos. Poucos prisioneiros restavam; somente aqueles que não conseguiam caminhar – velhos, doentes. Os demais, aproximadamente 56.000 tinham sido levados em marcha batida, em pleno inverno, entre 17 e 21 de janeiro, no que ficou conhecido como a Marcha da Morte, para outros campos no interior do III Reich (ver rotas abaixo). Inúmeros morreram de frio, cansaço, inanição ou doenças. Na ânsia de esconder vestígios e testemunhos das atrocidades ali cometidas, as autoridades dos campos, além da evacuação, queimaram documentos e dinamitaram algumas instalações (ver abaixo). Mas não deu tempo para queimar todas as pistas, pois o avanço soviético foi muito rápido.
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 A Marcha da Morte: Rotas de evacuação de Auschwitz

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Câmaras de gás e Crematório de Birkenau dinamitados em Janeiro de 45. As ruínas do crematório II  ainda estão visíveis nesta foto tirada logo após a liberação.
O complexo de campos – Auschwitz I, Auschwitz II-Birkenau, Auschwitz III-Monovitz e mais de quarenta sub-campos – entrou em operação em maio de 1940 sob o comando de Rudolf Höess, mais de um ano antes dos nazistas iniciarem a Endlösung der Judenfrage, a Solução Final da Questão Judaica na Europa. Foi o maior de todos e o que apresenta os números mais impressionantes. No início serviu para aprisionar a elite intelectual, social e religiosa da Polônia, cientistas, líderes políticos e da inteligência considerada extremamente perigosa, e destinada à deportação para campos no interior da Alemanha. Em 1941 ocorreu a primeira expansão com a chegada de tchecos, iugoslavos e prisioneiros de guerra soviéticos, como também franceses, bielo-russos e ucranianos. Em princípio de 1942 o campo foi incluído no planejamento da “Solução Final”, tornando-se um centro de extermínio predominantemente de judeus. Os cálculos de gazeados e cremados entre 1940-45 oscila entre 1.300.000 e 1.600.000. Os judeus, somando em torno de 1.100.000 foram 85% dos deportados e 90% das vítimas. Some-se a estes mais 150.000 poloneses, 23.000 ciganos, 15.000 prisioneiros de guerra soviéticos e 10.000 de outras nacionalidades [1].
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Mas este não pretende ser apenas mais um artigo anti-nazista para comprovar quão malvados eram. Dou por líquido e certo que sua crueldade assassina já está exaustivamente demonstrada e não tenho a mínima paciência para discutir idiotices delirantes dos “negadores do Holocausto”. O termo “revisionismo histórico” não se aplica aqui, pois revisar a história, acrescentando novos fatos ou corrigindo outros, é um processo historiográfico legítimo, enquanto a negativa do Holocausto é simplesmente fraude! Seria como chamar o Homem de Piltdown de revisionismo antropológico e não de fraude montada para enganar propositadamente os pesquisadores sérios. Eisenhower já previra a tentativa de fraudar a história, como vimos na epígrafe. O nazismo foi uma parte de um problema - o anti-semitismo - que não começou nem terminou ali. Sem dúvida foi a pior – nunca antes houvera uma matança com aquelas proporções e baseada em planejamento tão preciso.
Já se disse que os judeus, em se considerando o povo eleito, despertam a inveja e a cobiça de muitos e o que os nazistas fizeram foi tentar roubar esta idéia [2] para uma suposta raça superior a que pertenceriam os germânicos – a “raça” ariana –, cuja existência não passa de fruto de fantasias megalomaníacas de Gobineau, Houston Stewart Chamberlain, Alfred Rosenberg e outros. Mas enquanto os judeus têm fé no que representam e, portanto não precisam matar ninguém para se assegurarem, os nazistas, para dar credibilidade perante si mesmos, precisavam exterminar todos os judeus, pois um que sobrasse seria a denúncia da mentira.
Creio que o 60o aniversário da libertação do maior campo de morticínio da história da Humanidade, exige uma reflexão mais ampla e profunda que supere as velhas desculpas projetivas que encontram culpados e absolvem quem os descobre. Esta é uma atitude tipicamente comuno-nazista, mesmo quando empregada “contra” os nazistas ou comunistas.
O anti-semitismo europeu é uma realidade de séculos, particularmente entre os alemães. É impossível admitir que o sumiço de seis milhões de pessoas passasse desapercebido do restante da população sem que esta fosse, em algum grau, cúmplice. Pôr a culpa só nos nazistas alegando nada ter tido com isto foi obviamente uma mentira deslavada do povo alemão, que se locupletou com o morticínio tomando posses, negócios e propriedades dos desaparecidos e principalmente satisfazendo seu ancestral anti-semitismo. Por isto se calavam [3]. Sabe-se também que o processo de nazificação da Alemanh a só teve êxito porque tornou a filiação ao Partido – e principalmente às SS – fator importantíssimo de ascensão social [4], praticamente fechando qualquer outro caminho. Quem não pertencia ao Partido era um paria.
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A URSS saiu da guerra como heroína na luta contra o nazi-fascismo por uma magistral obra de desinformação dos magos da propaganda de Stalin. Menos de vinte anos depois de uma humilhante derrota na Primeira Guerra e das pesadas obrigações do Tratado de Versailles, a Alemanha estava re-armada até os dentes, sendo capaz de conquistar quase toda a Europa. Milagre? Não, depois da abertura dos arquivos de Moscou, na década de 90, sabe-se que foi Lenin e depois Stalin que armaram a Alemanha secretamente e ajudaram o intenso treinamento das tropas do Reichswher em terras soviéticas, sem que o Ocidente percebesse [5]. Stalin particularmente acreditava que a Alemanha serviria como um escudo protetor da URSS e ponta de lança no assalto às democracias ocidentais, odiadas inimigas de todos os ditadores. As conversações se iniciaram logo após a assinatura do Tratado de Versailles, através de Karl Radek, membro do Comitê Central do Partido Comunista Alemão e do Comitê Executivo do Komintern, então aprisionado na Alemanha por ter organizado manifestações da Spartakus Bund, liga auxiliar do PCA. O programa de cooperação era extremamente vasto (op. cit., cap. 4). Descobriu-se também que a GESTAPO foi estruturada segundo o modelo da GPU soviética e que seu chefe, Heinrich Müller, reportava-se diretamente aos serviços secretos soviéticos [6]. O Pacto Germano-Soviético de 1939 não foi, portanto, como afirmam até hoje os comunistas, uma medida meramente defensiva de Stalin: foi o resultado de uma antiga cooperação entre duas ditaduras igualmente sanguinárias, que resultou na prisão e morte dos opositores das duas e na partilha da Polônia, acertada em Protocolo secreto.
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Se as mãos comunistas estão sujas de sangue, inclusive judeu, as ocidentais não estão mais limpas, principalmente as das grandes corporações americanas que começaram a se formar no início do século passado. Três fatores foram importantes naqueles tempos.
O primeiro foi que na última década do século XIX Theodor Herzl, identificando a questão judaica como uma questão nacional e não apenas cultural ou religiosa, funda o Movimento Sionista, de retorno dos judeus às terras ancestrais. Com sua morte em 1904 assume a direção do movimento Chaim Weizmann. O segundo fator foi a crescente demanda por petróleo com o desenvolvimento dos motores de combustão interna e os primórdios da indústria automobilística, e a descoberta do viscoso líquido no Golfo Pérsico. John D Rockfeller, através de práticas não muito elogiáveis, tornara-se virtualmente monopolista nos EUA com 64% da produção e distribuição, até que a Suprema Corte, baseada na lei anti-trust sancionada por Theodore Roosevelt, acabou o monopólio e instantaneamente surgiram 37 novas empresas, todas ávidas por produzir e, principalmente, prospectar em áreas prováveis. O terceiro fator foi o clima generalizado de conflagração que tomou conta da Europa nestas primeiras décadas.
Os três fatores se juntaram no Oriente Médio com outro: o crescente nacionalismo árabe sufocado pelo Império Otomano e que explodiu como gasolina durante a guerra. Desde o início do conflito tanto a Inglaterra quando a Alemanha tentaram ganhar a simpatia das lideranças árabes e sionistas. Os planos alemães foram frustrados por seu aliado Otomano que não tinha a mínima intenção de aceitar a independência. O Sherifado de Hidjaz, na península arábica, foi alvo dos alemães e depois dos britânicos através do Coronel T E Lawrence (o Lawrence da Arábia), que conquistou a simpatia – e dizem que muito mais – do Sheriff Husayn ibn Ali, inflando sua sede de independência. Firmou-se em 1915 o Tratado McMahon-Husayn que garantia a independência dos territórios árabes desde que estes se aliassem à Inglaterra contra os turcos. Mas em 1916 britânicos e franceses firmam secretamente o Tratado Sykes-Picot onde previam a divisão do Oriente Médio em áreas controladas diretamente por cada um dos dois países, áreas de influência, e mandato misto na Palestina, não deixando a menor chance de independência árabe. Em 2 de novembro de 1917 os sionistas conseguem a primeira grande vitória: Lord Balfour consegue do Rei Jorge V a Declaração Balfour [7]. Na Conferência de Paz de Paris, em 1919, ocorre o primeiro encontro entre uma liderança sionista e uma árabe. Weizmann se reúne com o Emir Faisal ibn al Hussein, sucessor de Husayn e firmam o Tratado Weizmann-Faisal no qual é reconhecida a ascendência comum e a necessidade dos dois povos viverem em paz. Faisal, com muita clarividência, condicionou o Tratado ao cumprimento por parte dos britânicos do Tratado McMahon-Huseyn, o que já estava previsto que nunca aconteceria pelo Sykes-Picot. Assim, a primeira grande chance de entendimento entre árabes e judeus foi perdida pela traição britânico-gaulesa. Quando, no ano seguinte, a Liga das Nações concede o Mandato para a formação de um Estado Judeu na Palestina, os ingleses logo disseram que a Declaração Balfour não era bem assim e a re-interpretaram. O impedimento da livre emigração judaica fracionou o Movimento Sionista, levando à saída de Ze’ev Jabotinsky em 1925.
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É preciso ter em mente que, com exceção das ditaduras, inexiste o tal “interesse nacional”, mas sim diversos interesses dentro de uma mesma nação, cuja resultante dá um rumo numa certa direção. Existem os interesses das corporações, do governo, religiosos, etc. Nas monarquias os interesses próprios das famílias reinantes nem sempre convergem com as linhas de fronteira nacional onde reinam [8]. O problema é quando algum desses interesses é tão conflitante com os demais que não pode vir à luz: torna-se secreto, e seus defensores passam a se valer dos legítimos aparelhos do Estado para seus próprios interesses.
É aí que entram em cena três sinistros personagens, verdadeiramente um “trio das Arábias”! [9] O primeiro chamava-se Harry St. John Bridger Philby, ou Jack Philby, pai do mais famoso “Kim” Philby, mais tarde descoberto como espião soviético no Serviço Secreto Inglês. Pois saíra ao pai! Demitido do serviço civil britânico por conduta sexual imprópria – chegou a estuprar a mãe de Kim, que seria produto deste estupro – conseguiu ser recrutado pelo Serviço Secreto Exterior, MI6, e mandado para o OM estabelecer uma rede de espionagem. Porém, seu rancor pela Inglaterra só rivalizava com seu fanático anti-semitismo. Chama va a Declaração Balfour de “sórdida traição”. No que encontrou eco em T E Lawrence quando foi enviado ao OM em 1917 para uma missão secundária junto a um terrorista e assassino da radical seita Wahabbita, Abdul-Aziz ibn Abdul-Rahman Al Saud, ou ibn Saud, o segundo personagem do trio. Em 1921 Philby é demitido do MI6 por seu arabismo extremado e violento anti-semitismo, mas Lawrence o salva conseguindo um posto em Amman, na Transjordânia, onde reinava Abdullah, filho de Hussein, assim como o pai, aliado dos ingleses e razoavelmente favorável à instalação da pátria judaica. Philby finge assessorar Abdullah mas trabalha secretamente para ibn Saud que queria destronar Hussein em Meca e tomar o trono. Em Amman vem a conhecer seu correspondente no Serviço Secreto americano e terceiro elemento do trio, Allen Dulles. Dulles era ambivalente em relação aos judeus, mas Philby o convence de que uma pátria sionista seria contrária aos interesses ocidentais. Ambos ajudam ibn Saud, que em 1925 finalmente toma Meca e exila Hussein para Amman. Estava terminada a tradicional dinastia Hachemita que reinava sobre a Península Arábica desde o século XIII e fundada a Arábia Saudita (de Saud). Philby e Dulles tiveram uma enorme ascendência sobre ibn Saud, recém saído da vida nômade, semi-analfabeto e ignorante do mundo dos grandes negócios.
E é aqui que os interesses do trio se unem com o dos grandes negócios: a prospecção de petróleo na Arábia Saudita. O trio consegue uma concessão para a Standard Oil of Califórnia (SOCAL), controladora da Gulf Oil, contrariando interesses britânicos. Não cabe neste artigo descrever todas as tramas que se seguiram; basta dizer que os irmãos Dulles, Allen e John Foster – mais tarde todo poderoso Secretário de Estado de Eisenhower – eram os advogados dos Rockfeller. Na década de 30, com a Grande Depressão, o capital americano do qual Rockfeller e Averel Harriman eram grandes investidores, passou a migrar para onde havia mais lucro: a Alemanha em plena reconstrução, através do Grupo Thyssen. Dulles estabelece uma rede finenceira que abarca os donos do petróleo americanos, a Arábia Saudita e os grupos que armavam os nazistas, principalmente Thyssen e I G Farben, onde futuramente se fabricou o Zyklon-B, gás usado nas câmaras de gás dos campos de concentração, baseado numa fórmula originalmente desenvolvida pela própria Standard Oil para fabricação de borracha sintética. Durante a guerra, a Standard Oil chegou a chantagear os Aliados com a redução do fornecimento e subiu astronomicamente seus preços.
O início da II Guerra Mundial veio encontrar Allen Dulles novamente operando no Serviço Secreto americano, o Office of Strategic Services (OSS), precursor da CIA, que veio a ser montada e dirigida por ele com a colaboração de agentes nazistas retirados da Alemanha no final da guerra. Muitas outras conexões existiram e podem ser encontradas nas fontes recomendadas.  
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Finalmente, a conexão árabe através do Mufti de Jerusalém, al-Huseinni, já foi devidamente explorada em outro artigo, Islã: a Conexão Nazista, ao qual remeto os leitores.
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As responsabilidades pelos horrores de Auschwitz, portanto, constituem uma trama de interesses escusos internacionais. Muitos outros poderiam ser mostrados, mas não posso deixar de falar sobre o mais comum, do qual poucos escapam: a indiferença! A indiferença mata tanto quanto a mão que empunha a arma. Temo que o virulento anti-sionismo atual venha a causar novos morticínios, muito embora, demonstrando que Herzl estava absolutamente certo, hoje os judeus têm uma pátria: o Estado de Israel. Espero, como vi escrito em Dachau, que NUNCA MAIS!

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